quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CARTA CAPITAL - A privatização volta à pauta


A criação de uma agência reguladora estadual de serviços públicos tem sido vista como uma maneira de facilitar o caminho para a venda da Copel, a última estatal paranaense

A palavra privatização parecia banida do léxico político paranaense. Parecia. Um novo projeto do governador tucano Beto Richa, que pretende ressuscitar e ampliar a agência reguladora estadual de serviços públicos, tem sido visto como uma maneira de facilitar o caminho para a venda da última das companhias estatais, a Copel, de energia elétrica. Isso porque os serviços de energia passariam a ser regulados pela agência e, por extensão, pelo Executivo. No retorno dos trabalhos na Assembléia Legislativa, a oposição conseguiu adiar a análise do projeto por cinco sessões.

Entre 1994 e 2002, durante os mandatos de Jaime Lerner, o Paraná fez uma xepa de suas estatais. Vendeu o banco estadual (Banestado), a companhia de saneamento (Sanepar) e privatizou as estradas. A Copel só não foi leiloada por uma mudança do humor dos investidores internacionais à época e pelo declínio das políticas neoliberais dos anos 1990. Mesmo assim, um acordo entre a concessionária paranaense e a norte-americana El Paso para a construção de uma usina térmica terminou em um longo processo judicial e em prejuízo aos cofres estaduais.

Após descobrir uma série de erros no projeto e aditivos sem nexo no contrato, o então governador Roberto Requião, sucessor de Lerner, decidiu suspender os pagamentos à El Paso. A empresa norte-americana exigiu em uma corte de arbitragem internacional o pagamento de 1,6 bilhão de dólares por quebra de contrato. Passados três anos, as partes fecharam um acordo no qual o governo estadual comprava a usina por 196 milhões de dólares, 12% do valor solicitado pela multinacional.

Segundo Raul Munhoz Neto, ex-presidente da Copel, a mensagem enviada à Assembléia por Richa, além de desnecessária, é conflitante, principalmente pela inclusão do setor de energia: “A Aneel, que sucedeu o Departamento Nacional de Energia Elétrica, tem uma larga experiência no setor e exerce a fiscalização com mão-de-ferro”.

O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba, Alexandre Donizete Martins, encaminhou um oficio ao governador no qual pede esclarecimentos quanto às justificativas e o papel da agência. Richa não respondeu aos sindicalistas. Aliás, a ninguém. Segundo a assessoria de imprensa, o governo não irá comentar o projeto até sua discussão final nas comissões legislativas. O presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, informou, também por meio da assessoria, considerar “mais apropriado” que o governador se pronuncie sobre a proposta.

O substitutivo, de autoria do deputado Marcelo Rangel, do PPS, foi discutido na Comissão de Obras e aguarda para ir ao plenário ainda em agosto. O relator suprimiu apenas os artigos que fazem menção ao aumento do número de diretores e conselheiros. Para Rangel, a criação da agência não significa que a Copel ou qualquer outra estatal será repassada ao setor privado. “A intenção de uma agência reguladora é buscar a transparência das regras de estipulação de tarifas, da qualidade de serviços e manutenção de instrumentos delegados em contratos”. O deputado criticou os que falam em privatização pelo simples fato de se criar uma agência. “É o discurso daqueles que não pensam no desenvolvimento do Paraná”.

Para o deputado Elton Welter, do PT, um dos críticos do projeto, ao lado do colega Ademir Bier, do PMDB, as alterações vieram acompanhadas de justificativas frágeis, sem dados técnicos, como estimativas de valores ou estudos relativos ao impacto que a medida poderá gerar. “É justamente a falta de informação, de transparência, que cria essa insegurança”. Welter questiona ainda os custos e seus reflexos no bolso dos consumidores, uma vez que a mensagem prevê a criação de uma taxa de regulação de 0,5% sobre a receita operacional bruta das concessionárias de serviço público. Cobrança que, obviamente, será repassada aos consumidores.

Fonte: Rene Ruschel 11 de agosto de 2011 às 9:22h - Política - Carta Capital

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

LEITURISTAS DA COPEL AINDA REVOLTADOS






Os trabalhadores do setor de leitura da Copel compareceram na noite de ontem (09/08) na sede daSindenel para conhecimento do resultado da reunião com empresa para solucionar os problemas de vestuário, tênis, capacete de motociclistas, alimentação, número de leituras em cada rota, etc. Como não houve avanço nas negociações que completaram um ano no dia 06/08, os trabalhadores deliberaram de forma unânime pela via judicial. O Sindenel já acionou sua assessoria jurídica para dar andamento ao pedido manifestado em assembléia pelos trabalhadores.

UGT DISCUTE CRIAÇÃO DE FUNDO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NO PARANÁ

O Paraná poderá ter ainda este ano um fundo de qualificação profissional, a exemplo do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), do governo federal. Os recursos anuais desse fundo podem chegar aos R$ 120 milhões. A UGT-PARANÁ participou ativamente da primeira audiência pública para debater a criação do FEQSP, Fundo Estadual de Qualificação Social e Profissional. O encontro foi no plenarinho da Assembléia Legislativa do Paraná, na manhã dessa quarta-feira, 10 de agosto, e reuniu sindicalistas e lideranças comunitárias do estado. O projeto foi apresentado pela bancada petista na ALEP.

"A UGT apóia a criação desse fundo, mas temos de tomar muito cuidado no cumprimento de algumas relações de gestão dos recursos arrecadados", lembrou o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi. Ele destacou que de nada adianta criar mais um mecanismo de arrecadação sem que efetivamente o dinheiro seja aplicado na formação profissional, com cursos de qualificação dos trabalhadores, de forma transparente e racional. O presidente da UGT-PARANÁ reafirmou o compromisso da central com a formação profissional, que é uma das diretrizes aprovada durante o 2º congresso nacional da UGT. Rossi apontou ainda a questão da captação e gestão dos recursos, com a formação de um conselho tripartite, composto por trabalhadores, governo do estado e empresários. "Mas o governo estadual tem de se posicionar nas questões trabalhistas, pois de nada adianta ter um discurso e na prática agir de outra forma, como é o caso do salário pago aos empregados terceirizados do Estado, que é bem menos do Piso Regional".

O coordenador regional do DIEESE, Cid Cordeiro, fez uma projeção de recursos, segundo os índices de captação do projeto do FEQSP. "Podemos chegar a mais de R$ 120 milhões, uma soma considerável para ser aplicada em qualificação profissional. Esse volume deve ser usado principalmente nos setores e categorias profissionais mais emblemáticos, após uma ampla discussão com a classe trabalhadora", frisou Cordeiro.

Além de darem apoio ao projeto de criação do FEQSP, os líderes sindicais da UGT-PARANA e integrantes da UGT Nacional Alexandre Donizete Martins, Paulo Sérgio dos Santos e Solomar Rockembach falaram sobre o movimento paranaense contrário à criação de uma agência reguladora no estado. Para isso convidaram os presentes para a passeata marcada para o dia 16 de agosto, data comemorativa aos 10 anos do movimento paranaense contra a venda da COPEL. Os companheiros aproveitaram ainda para entregar aos deputados estaduais um manifesto público contra a criação da agência reguladora.


Alexandre do Sindenel apresenta o movimento estadual contra a criação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) aos deputados paranaenses no plenarinho da Assembléia Legislativa.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SANEPAR E COPEL



Contra a privatização da SANEPAR, COPEL, COMPAGAS, CELEPAR E OUTRAS

Cresce no estado o movimento contra a criação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (AGEPAR), porta dos fundos para a privatização da SANEPAR E COPEL. Lideranças sindicais representando trabalhadores nas autarquias estaduais (Sanepar, Copel, Compagás, Celepar) e de outras 23 categorias profissionais estiveram reunidos em Curitiba, na manhã dessa terça-feira, 9 de agosto na sede da FETRACONSPAR, Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná, tomando decisões importantes sobre o tema.

A mesa dos trabalhos, composta pelo companheiro ugetista Alexandre Donizete, presidente do SINDENEL, Sindicato dos Eletricitários de Curitiba, membro da diretoria estadual da UGT-PARANÁ e da UGT Nacional, e o companheiro Gerti José Nunes, presidente do SAEMAC e vice-presidente da NCST deliberaram uma série de atividades para sensibilizar a opinião pública sobre os danos causados à economia paranaense com a criação de uma agência reguladora de serviços públicos.
Dentre as manifestações já estão confirmados a entrega aos deputados estaduais do manifesto ‘DIGA NÃO à venda dos serviços públicos’. A entrega do documento será na manhã dessa quarta-feira, 10 de agosto, no plenarinho da ALEP.
Já em seguida, para o dia 16, foi programada uma passeata, saindo da Praça Santos Andrade e tendo como ponto final a ALEP, com uma grande concentração e protestos contra a criação da AGEPAR. O dia 16 é histórico para a cidadania do Paraná, pois marca os 10 anos do movimento trabalhista paranaense contra a venda da COPEL.

‘Mais uma vez querem enganar os trabalhadores. O projeto de criação da AGEPAR foi encaminhado pelo governador contra os interesses paranaenses. Ele quer privatizar os serviços essenciais no Paraná. E agora, com essa manobra de retirada do projeto da pauta da ALEP, temos de ficar de olhos abertos, pois há a clara intenção de dar uma ‘maqueada’ nesse processo de privatização”, destacou o presidente do SINDELPAR, Sindicato dos Eletricitários do Paraná e membro da diretoria estadual da UGT-PARANÁ e da UGT Nacional, Paulo Sérgio dos Santos.

Para o companheiro ugetista, presidente do SINTEC, Sindicato dos Técnicos Industriais, Solomar Rockembach, “somos contra tudo o que ameaça o patrimônio público, adquirido com o dinheiro dos trabalhadores. Já está comprovado que com as privatizações, quem paga a conta é a população. Participamos do movimento contra a venda da COPEL e mais uma vez iremos às ruas lutar contra a criação dessa agência, que é a ‘porta dos fundos’ das privatizações. Nosso sindicato e nossa central sindical não se furtarão ao dever de defender os interesses da classe trabalhadora”, finalizou Solomar.

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO PARANAENSE


Reunião ocorrida na manhã de hoje com Sindicatos, Federações, Centrais, Parlamentares e Associações contra AGEPAR

DIGA NÃO À VENDA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS SANEPAR, COPEL, COMPAGAS, CELEPAR E OUTRAS
Passados uma década do terrorismo praticado durante o governo Lerner retorna ao cenário no atual governo nova tentativa de privatizações dos serviços públicos oferecidos por empresas como a Sanepar e a Copel.

Utilizando-se de uma suposta Agência reguladora – AGEPAR, o governador e sua tropa de choque, ameaçam milhares de postos de trabalho e a qualidade dos serviços prestados à população paranaense por empresas sérias e competentes.

Perguntas que não querem calar!

- Por que uma agência reguladora estadual se os serviços já são regulados por agências federais?

- À quem interessa a privatização de empresas economicamente saudáveis e de reconhecida utilidade pública?

- Não bastam os exemplos negativos no país de sucateamento e péssimos serviços oferecidos por empresas privatizadas nas áreas de saneamento e energia?

- Que garantias tem a população de que o governo não irá inchar a agência de amigos e apadrinhados?

- Por que a milionária taxa de 0,5% sobre a receita operacional bruta das empresas se cabe a agência reguladora fiscalizar a modicidade tarifária?

Como não há transparência, garantias e respostas do governo estadual ao papel desta agência reguladora estamos convocando os sindicatos, associações de bairros, entidades públicas e privadas, professores e estudantes, parlamentares, órgãos de comunicação, enfim a sociedade como um todo, para dizer NÃO aos interesses espoliativo do capital através da venda do patrimônio público.

Cidadão paranaense: Chame seu amigo, colegas, vizinhos e parentes e participe desse movimento contrário à ressurreição da venda do patrimônio de todos.

FAÇA A SUA PARTE - DIGA NÃO À VENDA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Curitiba, 9 de agosto de 2011

SAEMAC – SINDELPAR – SENGE – SINDENEL – SINDAEN – SINTEC – SINTESPAR – SIQUIM – UGT – NOVA CENTRAL – FNU - SINDAEL – FENATEMA – FETRACONSPAR – SINDYPSI - STAEMCP – SICONTIBA – CNTI – DEPAURB

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

COPELIANOS APROVAM PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PARA ACT 2012



Flagrantes da Assembléia Geral Extraordinária que aprovou a pauta de reivindicações 2011/12

Os trabalhadores da Copel compareceram à sede do Sindenel no dia 05 de agosto, sexta-feira, para avaliação e deliberação dos pleitos eleitos pela categoria que deverão fazer parte da pauta de reivindicações que serão negociadas com a Copel. Os trabalhadores participaram ativamente na montagem da pauta, preenchendo e encaminhando ao Sindenel 685 (seiscentos e oitenta e cinco) questionários indicando vários pleitos que foram tabulados pelo sindicato e apresentados na Assembléia Geral Extraordinária para avaliação e aprovação daqueles que deveriam ser defendidos nesta campanha salarial.

Agora, com a pauta da base do Sindenel aprovada democraticamente pelos trabalhadores faremos a unificação das pautas com os sindicatos que compõem o CSMEC e protocolaremos na Copel.

Nossa consideração e respeito a todos os trabalhadores que estão participando ativamente nesta campanha salarial.

Aqueles que ainda não estão mobilizados JUNTE-SE A NÓS.