terça-feira, 2 de dezembro de 2014

UGTpress: AS MÍDIAS DITAS SOCIAIS

AS MÍDIAS DITAS SOCIAIS: o novo fenômeno cibernético, comumente chamado de "mídia social" tem papel fundamental neste século 21. É um tipo de comunicação moderna, nem sempre honesta e, na maioria das vezes, sem regras. Invadiu os computadores, atingindo um público que vai da infância à velhice. São os homens e as mulheres os responsáveis pela difusão de notícias. Dos conflitos lá no Oriente Médio, passando pela crise da Ucrânia e chegando às eleições brasileiras, sobram mensagens de todo tipo e de vários calibres. Não é uma divulgação homogênea que atinge igualmente a todos. Circula, em alguns casos, "entre amigos". Reflete o que há na rede em geral, nos quatro cantos do planeta.
REPETIÇÃO EXAUSTIVA: não são notícias confiáveis, são repetidas e dirigidas segundo a preferência de cada um. Com tantas mentiras, o filtro das pessoas tornou-se incerto e, mesmo quando procede ou se justifica tudo acaba cercado por dúvidas insuperáveis. Normalmente, são dois lados de uma mesma moeda, duas correntes que se contrapõem. Exemplo muito comentado atualmente refere-se às bandeiras e ações do Estado Islâmico (EI). Produzem vídeos, panfletos, revistas ilustradas, camisetas e bonés. Sua propaganda inclui desde "não há vida sem a jihad" à decapitação de prisioneiros, normalmente algo chocante para os ocidentais. Por outro lado (e de outro lado), nós, os ocidentais, mostramos tudo como um exemplo de barbárie, algo contrário à civilização. Os dois lados são eficientes: do lado de lá há até a conquista de novos militantes e do lado de cá os países se juntam para uma resposta militar. A guerra se expande em dois fronts, nas mídias sociais e no campo militar.
ASSUNTOS MAIS PROSAICOS: esse tipo de comunicação mostra a intimidade de celebridades, os horrores da guerra, a vida dos vizinhos e os assuntos nacionais mais relevantes. As eleições brasileiras foram uma prova disso. É preciso reagir, ter respostas prontas. Quem melhor se aparelhar, mais apto estará para neutralizar os estragos das postagens ou mesmo de denúncias com potencial destruidor. Ainda somos aprendizes, mas se você entrar no Facebook, certamente vai encontrar centenas de mensagens a favor ou contra determinado tema, assunto, pessoa, instituição ou governo. Há mentiras e verdades, sendo difícil distinguir umas de outras. Aqui no Brasil, entre nós, não há decapitações ou adeptos da jihad islâmica (será?), mas há proselitismos que fogem ao bom senso e se inserem dentro de um panorama surreal. Há exemplos à mão cheia, contudo, não vamos nos esforçar para citá-los. O caso aqui é discutir o papel e o alcance dessas mídias e sua influência no dia a dia ou na opinião das pessoas. Há uma verdadeira "guerra" entre os adeptos de um e de outro contendor ou tema. Os diretamente interessados têm exércitos de seguidores postados à frente de seus computadores, que se transformam em armas letais.
PREOCUPAÇÃO: a guerra cibernética termina por ser uma preocupação dos contendores, seja nos conflitos internacionais, nas disputas nacionais ou nos temas menores, algo como se determinado cantor deve ou não deixar o país. Nas últimas eleições brasileiras, quem viu os prejuízos sofridos pelos candidatos ou a reação da militância petista, por exemplo, às denúncias da Revista Veja, pode ter uma ideia aproximada do que é essa guerra das comunicações, no caso incluindo outros tipos de mídia, além das sociais. Como fazer? Há uma justa resistência à intervenção ou legislação forte contra esse tipo de mídia, até porque isso seria bem parecido com a censura ou limitação da liberdade. Mas, a pergunta que se faz é se a liberdade implica em permitir o que não é honesto ou que seja antiético? Esse é outro tema que causa uma interminável discussão. Somos pela total liberdade nas mídias sociais.

RESUMO: não temos ainda respostas adequadas, afinal é um fenômeno novo com o qual estamos aprendendo a lidar. Neste momento, resta como alternativa a capacidade de discernimento de cada um. Não somos bobos e gente razoavelmente educada tem um mínimo de inteligência para lidar com essas distorções da realidade. Há certamente uma parte do público que está alheia a essa guerra cibernética: são os analfabetos digitais, gente sem acesso à internet. No Brasil, ainda muitos, contados aos milhões.

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