Prezados e
combativos empregados da ITAIPU Binacional de CURITIBA, PR
Nada mais adequado do que a conjunção dessas duas palavras
para definir os empregados da ITAIPU Binacional do escritório de Curitiba que
juntos com os empregados de Foz do Iguaçu buscam defender algo tão primordial
na vida cidadã de todos os trabalhadores. Serem tratados com igualdade nas suas
carreiras e salários com seus colegas de trabalho de outra nacionalidade. Não
se trata simplesmente de uma greve de reivindicação mas de um postura firme de
várias categorias de trabalhadores contra uma forma de gestão que não se
coaduna com os tempos modernos e numa empresa onde tudo foi edificado de
consenso dentro de um tratado internacional. A sapiência dos seus criadores,
que procuraram estabelecer um regime paritário entre dois países tão
diferentes, a equidade na divisão de
energia, os deveres e direitos dos sócios e a forma de relação com os seus
trabalhadores foi desprezada na condução do tema tabelas salariais. Mesmo que a igualdade não acontecesse de fato
entre as margens, o espírito de uma só ITAIPU sempre esteve presente nos
documentos legais e nos Acordos Coletivos. Após a publicidade pelo Paraguai das
tabelas salariais em guaranis e dos salários dos seus empregados vários equívocos foram cometidos na condução
do processo pelo lado brasileiro, com os trabalhadores brasileiros e seus
sindicatos, senão vejamos:
- Erro de avaliação da empresa, pelos seus gestores, de
relativizar o tema acreditando que os
pleitos não ganhariam forma e corpo;
- Demora para se debruçar de forma efetiva sobre o problema
utilizando-se nas reuniões de argumentos que contrariavam os próprios
documentos internos referentes as diferenças das tabelas salariais;
- Apresentar, depois de um ano de discussão, uma proposta
como se o produto fosse o reinventar da roda sem ter realizado etapas
preliminares de correção nas carreiras dos brasileiros; e concedê-las de forma
graciosa aos paraguaios por Determinação dos diretores-gerais e análise técnica
do RH da margem direita;
- Abandonar as discussões, de forma unilateral, com os
sindicatos e tentar implantar, por ato de força, algo tão importante na vida
profissional de qualquer trabalhador: carreiras e salários;
- Acreditar que o movimento de greve não seria deflagrado e
se fosse, seria leve como uma brisa;
- Continuar persistindo no “equívoco” mesmo tendo
oportunidade de correção de rota em vários momentos;
- Levar esta empreitada ao extremo o que poderá redundar num
grande problema de gestão de pessoal na ITAIPU Binacional e numa conta muito
mais cara do que se a solução fosse construída entre as partes.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR. Há como vender uma proposta que é rejeitada
por quase a totalidade dos empregados e que os próprios gestores não a compram?
Os empregados da ITAIPU Binacional de Curitiba, representados
pelos sindicatos SINDENEL e SINAEP, cônscios de suas responsabilidades e
limites, acompanharam o movimento paredista que começou em Foz do Iguaçu,
buscaram até a exaustão sensibilizar a empresa em melhorar a proposta no plano
negocial e também junto ao MPT e, diante de todos os revezes, buscarão uma
solução pela via judicial. Certamente não era o que os empregados esperavam mas
tratando-se de equidade não há como se transigir. Como diz o povo em sua fala e
sabedoria: é o que temos para hoje.
Enfim não haverá paz sem justiça social e igualdade entre os
povos. Amém!
Curitiba, 6 de outubro de 2015
SINDICATO
DOS ELETRICITÁRIOS DE CURITIBA
SINDENEL
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