segunda-feira, 2 de maio de 2016

Centrais confrontam Plano Temer

Se presidente, Michel Temer não terá vida fácil com o movimento sindical. É o que demonstra o manifesto publicado nesta quinta-feira (28) por quatro Centrais - Força, UGT, Nova Central e CSB.

A pretexto dos 130 anos do 1º de Maio, o manifesto “O Brasil que queremos - Crescimento econômico e geração de empregos” reafirma a pauta unitária aprovada na Conclat 2010 e reforça as linhas do “Compromisso pelo Desenvolvimento”, lançado em dezembro pelo movimento sindical e entidades do setor produtivo.

Com 19 pontos - começa por “Implantação urgente de uma política de desenvolvimento nacional” e termina com “Reforma agrária” - o documento das Centrais tem eixo desenvolvimentista e de proteção a direitos sindicais e sociais. Outros pontos que confrontam o “Ponte para o futuro”, de Temer, são “Fortalecimento da política de valorização do salário mínimo” e “Não à retirada dos direitos na Reforma da Previdência”.

O manifesto da Força, UGT, Nova Central e CSB resume a fala dos sindicalistas na reunião com Michel Temer, na terça (27). A Agência Sindical ouviu José Calixto Ramos, presidente da CNTI e da Nova Central Sindical de Trabalhadores. “Disse a Temer, e fui incisivo, que não aceitamos ataques a direitos. Lembrei a ele existirem 55 Projetos que, no geral, tentam descontruir o patamar de relações capital-trabalho construído durante décadas e amparado na lei”, conta Calixto.

Unidade - As Centrais CTB e CUT não foram à audiência com Temer e também não assinaram o documento publicado nesta quarta. Para o sindicalista, há posições individuais que devem ser respeitadas. “Mas eu não vejo ruptura em nossa unidade. Até porque, a meu ver, o documento contempla o grosso das reivindicações e propostas unitárias”, comenta.

Segurança - Calixto ressalta que, “independentemente de quem fique ou venha a nos governar”, o Brasil precisa oferecer segurança jurídica, restabelecendo a harmonia entre os poderes. Ele aponta dois setores prioritários. “Pra reaquecer a economia, o Brasil precisa alavancar com urgência o setor da construção e mobiliário e também a metalurgia. São áreas que geram muitos empregos, utilizam todo tipo de matéria prima e movimentam quase todas as cadeias econômicas”, enfatiza.


Fonte: Agência Sindical

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