terça-feira, 28 de junho de 2016

Centrais e governo debatem Previdência

Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB voltam a se reunir nesta terça (28), às 15 horas, com o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha. O encontro, no Palácio do Planalto, retoma as negociações sobre a reforma da Previdência Social. O debate ocorrerá em torno das propostas do movimento sindical para recuperar a saúde financeira da previdência pública.

Os sindicalistas devem cobrar do governo uma posição clara quanto à participação do agronegócio no financiamento da Previdência. Na semana passada, informações conflitantes lançaram dúvidas sobre o tema: nota publicada no jornal O Estado de S. Paulo, revelando a intenção do governo de cobrar INSS de empresas exportadoras do agronegócio, foi saudada por sindicalistas; em seguida, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, rejeitou a proposta.

A taxação do agronegócio faz parte das medidas defendidas pelas Centrais, visando promover o equilíbrio do caixa da Previdência, ao lado da regulamentação dos bingos.

Juvenal Pedro Cim, secretário de finanças da CSB, disse à Agência Sindical que a fala do ministro é inoportuna. “Hoje, a Previdência Social é mantida por 98% de contribuições do setor urbano e somente 2% do rural, mas todos os trabalhadores merecem se aposentar”, argumenta.

O 1º secretário da Força, Sérgio Luiz Leite (Serginho), afirma que as Centrais vão reafirmar a proposta de taxar o agronegócio na reunião de hoje. “É uma benevolência dada ao agronegócio colaborar com 2,6% para a Previdência, enquanto a indústria arca com 20% no mínimo. Quando o ministro diz que não aceita a proposta, ele está dizendo que se nega a colaborar com a aposentadoria do trabalhador do campo”, diz.

Propostas - As Centrais também defendem o fim das desonerações da folha de pagamento; revisão de isenções às entidades filantrópicas; melhoria da fiscalização da Previdência Social, por meio do aumento e maior eficiência da fiscalização; e criação de Refis para a cobrança dos R$ 236 bilhões de dívidas ativas recuperáveis com a Previdência Social.
Fonte: Agência Sindical

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