Os trabalhadores da Copel no estado do Paraná (eletricitários, técnicos industriais, técnicos de segurança, assistentes sociais e desenhistas) finalizaram a pauta unificada da Campanha Salarial 2016/2017. Os copelianos, representados pelo Coletivo Sindical Majoritário dos Empregados da Copel, CSMEC, formado pelos sindicatos: Sindenel, Sindelpar, Sintec-PR, Sintespar, Sindaspar e Sindasp, participaram de assembleias regionais nas diversas cidades paranaenses. Nesses encontros foram discutidas as reivindicações específicas de cada grupo de profissionais, e as que são de interesse coletivo de todos os trabalhadores da Copel. A entrega do documento à direção da Copel, contendo todas essas reivindicações, aconteceu na tarde dessa terça-feira, 16/08 em Curitiba (PR).
Ao todo o Coletivo Sindical Majoritário representa cerca de 7 mil trabalhadores de diversas áreas dentro da Copel (de um total de 8.600 funcionários da companhia). “Sem dúvidas essa campanha salarial é uma das mais difíceis, principalmente pelo momento econômico e político brasileiro, e nós copelianos não vamos pagar essa conta que não é nossa”, diz o presidente do Sindenel, Alexandre Donizete Martins.
Desde 2015 foi criada, no Paraná, a Comissão de Políticas Salariais do Governo do Estado e no âmbito de cada empresa existe o Conselho de Controle das Empresas Estaduais (CCEE). “Infelizmente os trabalhadores não fazem parte dessa comissão e desse conselho e não podem interferir diretamente no índice de reajuste salarial proposto pelo governo, mas podemos confrontar as decisões desse conselho com a união de todos os copelianosl”, frisa o presidente do Sindelpar, Paulo Sérgio dos Santos.
“Para os trabalhadores a mediação do Coletivo Sindical Majoritário é o melhor caminho para alcançar índices dignos de reajuste, com a garantia dos direitos e benefícios adquiridos. Outros sindicatos se distanciaram desse coletivo, tentando impedir a unificação de uma pauta abrangente a todos os copelianos, mas o CSMEC, que representa mais de 7mil trabalhadores da Copel está firme, e levará à mesa de negociações, dia 16 de agosto, as decisões da maioria dos copelianos ”, explica o presidente do Sintec-PR, Solomar Rockembach.
A presidente do Sindasp, Kristiane Plaisant Marcon, destaca que a complexidade de uma campanha salarial envolvendo várias categorias profissionais acaba sendo atrativa para os empregadores, nesse caso a Copel: “a união dos copelianos em um coletivo sindical é o que fortalece as negociações. Quando uma categoria não integra o CSMEC, ela perde em força e mobilização”.
O CSMEC, criado em meados de 2011, vem se fortalecendo a cada ano, alcançando reajustes e benefícios históricos para os trabalhadores da Copel “Infelizmente, nem todos os sindicatos de trabalhadores da Copel estão integrados nesse coletivo, e passaram a individualizar suas campanhas salariais, enfraquecendo o poder de negociação com a direção da Copel”, diz o vice- presidente do Sintespar, João Carlos Fassina.
“Até o final de setembro queremos encerrar as negociações com a direção da Copel, para já em outubro ser aplicado o índice de reajuste, e a atualização dos benefícios sociais” “adiantou o presidente do Sindespar, Luiz Antônio Pedroso.
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