segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Se sindicalismo não se mexer, reforma da Previdência passa, alerta deputado

Conhecido aliado dos aposentados e pensionistas, o deputado paulista Arnaldo Faria de Sá, do PTB, conclama o sindicalismo a reforçar a luta contra a reforma da Previdência. “Da parte do governo, está claro: entregar para bancos o filé da Previdência. Se o sindicalismo não fizer muito mais do que vem fazendo, não aumentar a pressão, a matéria vai passar fácil na Câmara e no Senado”.

A advertência foi feita durante o Repórter Sindical na Web, levado ao ar, ao vivo, na quinta (26), das 20 às 21 horas, com reprise sábado, das 20h30 às 21h30, na TV Comunitária de Guarulhos, Canal 3 da Net.

Na véspera, o parlamentar havia participado de ato com 30 mil pessoas promovido pelo Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), em São Paulo. “O evento foi grande, muito participativo. Mas é preciso fazer mais. É preciso fazer manifestações na cidade onde o deputado tem base eleitoral. É lá que o político sente a pressão”, afirma.

Para o parlamentar, boa parte da Câmara sequer conhece a gravidade da reforma. “Muitos são alienados; seguem o governo e pronto”, diz. Experiente na comunicação de massas, por sua atuação na televisão, Arnaldo Faria de Sá lamenta o grau de desinformação da população. “As pessoas não têm a mínima ideia do estrago que está por vir. A grande mídia tem interesses em não divulgar. O governo investe pesado na propaganda. O sindicalismo precisa informar suas bases. Digo isso às Centrais e também às Confederações”, ressalta.

DRU - No programa, ao responder perguntas do público, o deputado contestou o discurso do governo. “Existe uma coisa chamada DRU (Desvinculação de Recursos da União). No ano passado, o governo retirou R$ 120 bilhões da Seguridade. Aumentou esse desconto de 20 para 30%, ou seja, um aumento de 50%. Ora, se a Previdência não tem recursos, de onde o governo tira todo esse dinheiro?”, questiona.

Privatização - Do alto dos seus oito mandatos, o deputado petebista chama atenção para a gana de bancos e seguradoras. Faria de Sá recorda: “No governo Fernando Henrique, se armou a privatização e logo os bancos se credenciaram. A ironia é que os três bancos que armaram o bote quebraram e não existem mais. O que teria acontecido com o dinheiro das pessoas se tivessem entrado naquele esquema? Teria desaparecido”.

Mais informações: (61) 3215.5929 (Brasília) e (11) 5015.0500 (São Paulo). E-mail: deputadoarnaldo@hotmail.com
Fonte: Agência Sindical

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