sexta-feira, 5 de maio de 2017

Diretor da Copel é demitido por discordar do governo

A decisão do governo em dobrar de 25% para 50% o porcentual dos lucros destinados aos acionistas da Copel, faz a primeira vítima: o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel, Luiz Eduardo Sebastiani, até então homem muito próximo de Beto Richa. Exatamente um mês após ver rejeitado o pedido para dobrar o pagamento dos lucros da Copel, o governo Beto Richa (PSDB) virou a mesa e conseguiu aprovar a mudança, garantindo a entrada no Tesouro estadual de R$ 150 milhões.
Dinheiro mais que bem vindo. E chega carimbado: vai para pagar empreiteiras do programa rodov iário do governo.
Sebastiani foi comunicado pelo Palácio Iguaçu que será substituído do cargo. Ex-secretário de Finanças da prefeitura de Curitiba e ex-secretário estadual de Administração, da Casa Civil e da Fazenda – sempre nas gestões Beto Richa (PSDB), segundo informações de Euclides Lucas Garcia, da Gazeta do Povo.
Sebastiani foi o porta-voz do comando da Copel na defesa da manutenção do porcentual de 25% dos lucros a ser repassado aos acionistas. Na reunião de março do Conselho de Administração, coube a ele explicar as razões pelas quais a direção da companhia era contra o aumento para 50%.
Segundo Garcia, apesar dos anos dentro do governo Richa, divergência com quem o nomeou para o cargo não foi perdoada. A saída de Sebastiani ainda não foi oficializada, mas já é criticada por setores dentro da Copel. Em reunião do Conselho de Administração na última quinta-feira (27), outros conselheiros externaram terem recebido com “desalento e perplexidade” sua iminente demissão, diante da dedicação dele ao trabalho e do “comprometimento com a busca por melhores resultados para a empresa”.
No encontro, os conselheiros demonstram ver relação direta com a postura de Sebastiani de tentar “não colocar em risco covenants financeiros da companhia e garantir a execução dos investimentos necessários ao atingimento dos parâmetros técnicos pactuados no contrato de concessão da empresa”, que se pauta por atuar em prol do interesse público.

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