quinta-feira, 22 de junho de 2017

Reunião de Centrais e Sindicatos define em SP o esquenta desta terça

Centrais e vários Sindicatos se reuniram nesta segunda (19), na sede dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, bairro da Liberdade, para discutir a organização do “esquenta greve” de terça (20) em todo o País.

As lideranças confirmaram panfletagem e intensificação das conversas com trabalhadores em portas de fábricas, garagens de ônibus, comércios, aeroportos e com pedestres em pontos variados da cidade. O esquenta, que começa à meia-noite e segue terça adentro, prepara lideranças e bases para a greve geral do dia 30 contra as reformas e ataques a direito dos trabalhadores.

Determinação - O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas (Bira), lembrou que desde a greve geral, em 28 de abril, a situação do emprego só piorou, as condições de permanência do governo ilegítimo de Michel Temer também, com novas denúncias de corrupção. Bira destacou que não se pode mais frear a determinação do trabalhador para a greve: “Não dá pra substituir a vontade do povo. A greve tem de sair de qualquer jeito”, reiterou.

Resistência - O presidente da CTB, Adilson Araújo, avaliou que Temer continua no cargo de presidente porque o golpe só terá valido a pena se as reformas forem aprovadas. “Não temos outra alternativa, temos de resistir”, disse. Concluiu: “Vamos fazer o dia 30 de luta, de muita resistência”, garantiu.

Insatisfação - Já o secretário da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates (Mancha), ressaltou o descontentamento da classe trabalhadora com as medidas recessivas de Temer e do Congresso: “Na base existe uma insatisfação muito grande e a insatisfação cresce. É preciso transformar insatisfação em ação. É por isso que é importante a ação das Centrais Sindicais no sentido de fazer o esquenta, ir pra base das categorias, colocar em votação a greve geral e deixar as assembleias decidirem.”

Luizinho - Mediador do encontro, o presidente da Nova Central SP Luiz Gonçalves (Luizinho) lembrou que muitas categorias representadas pelas Centrais, presentes na plenária dos Condutores, farão assembleias nos próximos dias para confirmar participação na paralisação geral. “Eu acredito que teremos um movimento muito forte dia 30. As manifestações do dia 20 com certeza serão bem representativas e haverá aprovação de documento referendando o calendário de mobilização. A conjuntura é difícil, mas não existe desmobilização”, garantiu.

Também participaram da reunião, pela CUT: Vagner Freitas (presidente nacional), Douglas Izzo (CUT SP), Paulo Estausia (Confederação Nacional Trabalhadores em Transporte e Logística); Antônio Carlos Cordeiro (Intersindical); Wagner Farjado (Fenametro); Chiquinho Pereira (secretário de Organização Sindical da UGT); Vilson Mesquita da Silva (Simtratecor); Kátia Rodrigues (FESSP); Ilda Fiori (CMB), Leonildo Bittencourt Canabrava (Sindicato dos Trabalhadores da Central do Brasil, que representa os funcionários da Linha 11-Coral), entre outros.
Fonte: Agência Sindical

Nenhum comentário:

Postar um comentário